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Mistura de pensamentos, reflexões, sentimentos; um risco, assumido; uma provocação, em tom de desafio, para que outros desçam ao terreiro; um desabafo, às vezes com revolta à mistura; opiniões, sempre subjectivas, mas normalmente baseadas no estudo, ou na experiência ou na reflexão. Sem temas tabu, sem agressividades inúteis, mas sem contenção, nem receios de ser mal interpretado. Espaço de partilha, que enriquece mais quem dá que quem recebe.

domingo, 23 de março de 2014

PASSEIO À SERRA DA FREITA


De vez em quando este blogue também fará incursões literárias e apresentará crónicas, de viagens ou outras.
Começarei pela descrição/retrato de uma viagem à Serra da Freita, por terras de Arouca e Vale de Cambra. A crónica será dividida em 5 capítulos e complementada no fim com uma reportagem fotográfica, a cargo do meu amigo Bernardino Fonseca. O capítulo primeiro será o mais árido e menos entusiasmante, pelo que recomendo que leiam também o segundo capítulo. Depois, se não gostarem do estilo, desistam. Se gostarem, convido-os a seguirem connosco até ao regresso a casa. Votos de boa viagem.




PASSEIO TURÍSTICO/CIENTÍFICO/GASTRONÓMICO À SERRA DA FREITA


19 de Março de 2014 – Dia do Pai


Por uma feliz coincidência o Grupo 5.com(e) escolheu esta data marcante para se deslocar à serra da Freita, preenchendo a cheio mais um espaço no seu já interessantíssimo historial em roteiros turísticos, em visita de desfrute ao nosso  riquíssimo património geológico e, sobretudo, gastronómico.


O dia apresentou um sol radioso, com temperatura amena, feliz prenúncio da ansiada primavera, parecendo feito de encomenda para ir ao encontro dos nossos objetivos. A concentração foi em Valadares, no Penedo, onde à hora marcada compareceram o Jorge, o Bernardino e o Alexandre. O Mota, como vai sendo habitual, apareceu de “véspera” e já há muito esperava, impaciente, na pastelaria. O Rogério juntou-se depois ao grupo. E lá arrancamos, tendo como destino a Serra da Freita. E ao restaurante Mira Freita, porra. Não podemos lembrar o acessório e esquecer o essencial.


 O percurso e o papel importante do co-piloto


 O Alexandre era o condutor, mas contava com a preciosa e exigente cooperação do “experiente” co-piloto, o Mota: “Nada de pressa. Não precisamos de ir a mais de 80”.


 O Mota passava o tempo a acionar o “travão de boca”: “Cuidado nessa curva. Aqui não podemos ir a mais de 60”.


A certa altura, em plena autoestrada A32 e numa descida, o Rogério perguntou se o motor ia desligado para poupar combustível: “Não, mas vamos a 110 kms/hora, com o piloto automático ligado. Por isso é que parece que estamos parados”.


“Vamos assim muito bem”, atalha logo o Mota, que só se chateou por o Alexandre não ter saído em S. João da Madeira. “Vamos ter de fazer muito mais quilómetros. Devíamos ter saído onde eu disse. Eu bem avisei (a quem  é que eu já ouvi isto?). Agora já não dá para ir para trás. Não me quiseste dar ouvidos! Eu é que conheço esta zona. Trabalhei aqui muitos anos”.


Afinal a saída da autoestrada em Vale de Cambra ficava mesmo a 2 passos do ponto onde teríamos de passar. Ainda poupamos 10 a 15 minutos. E não foi preciso ligar a porcaria do GPS do Rogério (que, para variar, não funcionava direito) para se chegar à Freita sem problemas. Aliás, nada nos garantia que com aquele GPS e com aquele técnico não fôssemos antes encaminhados para Aveiro ou para o Porto (já não era a primeira vez que algo de semelhante nos acontecia por erro na introdução das coordenadas).


O caminho estava bem sinalizado e fomos diretos ao destino sem quaisquer problemas. Mas nem 5 pares de olhos nem o GPS nos indicaram qualquer café à face da estrada, onde o Jorge, ansioso por beberricar a sua poção mágica,  pudesse matar a traça, que desde a autoestrada lhe vinha corroendo as entranhas. Vícios.
(continua)

2 comentários:

  1. Enquanto vejo o meu SLB ganhar à Académica (vamos ver se aguenta assim até ao fim) espreitei aqui o teu Blog e li o primeiro capítulo da tua execelente crónica... com sabor a cabrito :-) É sempre bom recordar momentos de convívio entre cinco amigos que, dentro das suas diferenças individuais, se respeitam e completam enquanto grupo. Parabéns. Um abraço

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  2. Obrigado amigo Bernardino.
    Para já os parabéns pelo êxito do teu SLB.
    Quanto ao cabrito ainda estou a lamber os beiços.
    Abraço

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