De vez em quando este blogue também fará incursões literárias e apresentará crónicas, de viagens ou outras.
Começarei pela descrição/retrato de uma viagem à Serra da Freita, por terras de Arouca e Vale de Cambra. A crónica será dividida em 5 capítulos e complementada no fim com uma reportagem fotográfica, a cargo do meu amigo Bernardino Fonseca. O capítulo primeiro será o mais árido e menos entusiasmante, pelo que recomendo que leiam também o segundo capítulo. Depois, se não gostarem do estilo, desistam. Se gostarem, convido-os a seguirem connosco até ao regresso a casa. Votos de boa viagem.
PASSEIO
TURÍSTICO/CIENTÍFICO/GASTRONÓMICO À SERRA DA FREITA
19 de Março de 2014 – Dia do Pai
Por uma feliz
coincidência o Grupo 5.com(e) escolheu
esta data marcante para se deslocar à serra da Freita, preenchendo a cheio mais
um espaço no seu já interessantíssimo historial em roteiros turísticos, em visita de desfrute
ao nosso riquíssimo património geológico
e, sobretudo, gastronómico.
O dia
apresentou um sol radioso, com temperatura amena, feliz prenúncio da ansiada
primavera, parecendo feito de encomenda para ir ao encontro dos nossos
objetivos. A concentração foi em Valadares, no Penedo, onde à hora marcada
compareceram o Jorge, o Bernardino e o Alexandre. O Mota, como vai sendo
habitual, apareceu de “véspera” e já
há muito esperava, impaciente, na pastelaria. O Rogério
juntou-se depois ao grupo. E lá arrancamos, tendo como destino a Serra da
Freita. E ao restaurante Mira Freita,
porra. Não podemos lembrar o acessório e esquecer o essencial.
O percurso e o papel importante do
co-piloto
O Alexandre era o condutor, mas contava com a
preciosa e exigente cooperação do “experiente”
co-piloto, o Mota: “Nada de pressa. Não
precisamos de ir a mais de 80”.
O Mota passava o tempo a acionar o “travão de
boca”: “Cuidado nessa curva. Aqui não
podemos ir a mais de 60”.
A certa
altura, em plena autoestrada A32 e numa descida, o Rogério perguntou se o motor ia
desligado para poupar combustível: “Não,
mas vamos a 110 kms/hora, com o piloto automático ligado. Por isso é que parece
que estamos parados”.
“Vamos assim muito bem”, atalha logo o
Mota, que só se chateou por o Alexandre não ter saído em S. João da Madeira. “Vamos ter de fazer muito mais quilómetros.
Devíamos ter saído onde eu disse. Eu bem avisei (a quem é que eu já ouvi isto?). Agora já não dá para ir para trás. Não me quiseste dar ouvidos! Eu é
que conheço esta zona. Trabalhei aqui muitos anos”.
Afinal a
saída da autoestrada em Vale de Cambra ficava mesmo a 2 passos do ponto onde
teríamos de passar. Ainda poupamos 10 a 15 minutos. E não foi preciso ligar a
porcaria do GPS do Rogério (que, para variar, não funcionava direito) para se chegar
à Freita sem problemas. Aliás, nada nos garantia que com aquele GPS e com
aquele técnico não fôssemos antes encaminhados para Aveiro ou para o Porto (já
não era a primeira vez que algo de semelhante nos acontecia por erro na introdução das coordenadas).
O caminho
estava bem sinalizado e fomos diretos ao destino sem quaisquer problemas. Mas nem
5 pares de olhos nem o GPS nos indicaram qualquer café à face da estrada, onde
o Jorge, ansioso por beberricar a sua poção mágica, pudesse matar a traça, que desde a autoestrada lhe vinha corroendo as entranhas.
Vícios.
(continua)
Enquanto vejo o meu SLB ganhar à Académica (vamos ver se aguenta assim até ao fim) espreitei aqui o teu Blog e li o primeiro capítulo da tua execelente crónica... com sabor a cabrito :-) É sempre bom recordar momentos de convívio entre cinco amigos que, dentro das suas diferenças individuais, se respeitam e completam enquanto grupo. Parabéns. Um abraço
ResponderEliminarObrigado amigo Bernardino.
ResponderEliminarPara já os parabéns pelo êxito do teu SLB.
Quanto ao cabrito ainda estou a lamber os beiços.
Abraço