MISSÃO EM ANGOLA (VIII)
Colégio de Benguela
O
Colégio de Benguela começou a funcionar em 2013, mas já tem 120 alunos. Tem
capacidade para 700, desde a classe infantil até à saída para a faculdade. Foi
um investimento de 5 milhões de euros, feito quase todo com capitais próprios e
só residual recurso à banca para financiar despesas no ano de arranque.
Tem
instalações espetaculares; estão a construir uma grande piscina; tem um
gimnodesportivo ao ar livre; tem, dentro das instalações do colégio, ao fundo
do jardim, 42 quartos para os professores deslocados, com uma cozinha comum e
sala de convívio. As salas estão equipadas com as mais modernas tecnologias:
quadros interativos, projetores, etc…; tem inúmeras salas ATL; laboratórios
muito bem equipados; refeitório amplo, muito arejado e limpo; a cozinha está
muitíssimo completa (quem nos dera ter a cozinha de Sandim equipada como esta)
e apta a fornecer 1.300 refeições. Muita informação e imagens podem ser vistas
em www.facebook.com/colegiobenguela.
Pareceu-me
também que em termos pedagógicos o projeto foi cuidadosamente preparado e a
pessoa escolhida muito competente. Até se vê nos horários afixados, com uma
qualidade de apresentação invejável (a reprografia também é, para não variar,
excelente). Até nos jardins há obras de arte, com uma enorme árvore toda
esculpida em baixo relevo, com figuras humanas e animais, um trabalho feito por
verdadeiros artistas profissionais.
Os
uniformes dos alunos primam pelo bom gosto e elegância. Parecem desenhados pela
Fátima Lopes. A vigilância à escola é feita 24 horas/dia, por vários
seguranças, fardados a rigor e com o aprumo e orgulho que os negros costumam
pôr nas paradas militares.
Esta
escola, construída, paga e dirigida por portugueses, em Portugal (ou na Europa)
estaria no topo, nos vários itens em que possa ser avaliada. Mas obviamente não
tem rigorosamente nada a ver com as escolas normais de Angola. E pouco com a
generalidade das escolas portuguesas.
A
propina por aluno fica entre 300 a 500 euros por mês, valor que pode dobrar com
a alimentação, as atividades extracurriculares e os transportes. Têm carrinhas
que levam os alunos a casa, inclusivamente ao Lobito, de onde é oriunda metade
da população escolar.
O
dia foi intenso mas muitíssimo interessante
(CONTINUA)