AINDA O BES
“Um homem que conseguiu granjear a confiança
do mercado internacional, um exemplo de liderança e de visão de quem conhece o
negócio, tem as relações nacionais e internacionais certas, que delas faz a
gestão sensata e zela pelo ativo mais precioso da atividade bancária: a
confiança”.
João
Duque na cerimónia de doutoramento honoris causa de Ricardo Salgado no verão
passado no ISEG-UT
O
prejuízo de uma das principais empresas (do GES) estava sedeada no Luxemburgo,
fora do espectro da supervisão do Banco de Portugal e assim protegida do olhar
de todos.
A
maior fragilidade de Carlos Costa foi ter acreditado que bastava mandar para
que Ricardo Salgado obedecesse. É agora claro que o ex-líder do BES não o fez
e enganou o governador até ao ultimo momento.
Pedro
Queirós Pereira tinha descoberto em 2012 que afinal o Mediterranean, alegado
fundo do Norte da Europa que detinha 16% da Cimigest (Holding que controla a
Semapa de PQP) era o próprio GES. Ficou furioso. Não perdoou a traição ao banqueiro e
ao GES. (E assim nasceu a denúncia que veio terminar onde hoje se sabe)
Ana
Bela Campos – Revista do Expresso
Comentando os teus dois post(s) sobre o BES...
ResponderEliminarA justiça Portuguesa tem destes imperfeições inexplicáveis no século XXI… só actua sobre os “fortes” e poderosos, quando estes já estão fora do poder, ou na mó-de baixo. Lembraste do que aconteceu com Vale e Azevedo? Só foi condenado e preso depois de perder a sua (re)eleição para Presidente do Benfica.
Com Ricardo Salgado é a mesma m****, digo, coisa.
Este Ricardo Salgado faz-me lembrar um pesticida que estudei ainda no meu curso de formação de base. Era o célebre DDT (sigla de diclorodifeniltricloroetano) e que era (ainda) apresentado como a maior maravilha do mundo no combate a vários mosquitos nomeadamente os do tifo e outros. Poucos anos depois, e porque se chegou à conclusão científica que era um produto altamente tóxico, foi proibida a sua comercialização.
Ora, Ricardo Salgado também era (ainda há pouco tempo) apresentado como o DDT (sigla de Dono Disto Tudo) da banca portuguesa e até recebia, com pompa e circunstância, o título de Doutor honoris causa. Zangou-se com a família… saiu do Banco… e o que aconteceu? Todos sabemos…