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Mistura de pensamentos, reflexões, sentimentos; um risco, assumido; uma provocação, em tom de desafio, para que outros desçam ao terreiro; um desabafo, às vezes com revolta à mistura; opiniões, sempre subjectivas, mas normalmente baseadas no estudo, ou na experiência ou na reflexão. Sem temas tabu, sem agressividades inúteis, mas sem contenção, nem receios de ser mal interpretado. Espaço de partilha, que enriquece mais quem dá que quem recebe.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014


AINDA O BES

 “Um homem que conseguiu granjear a confiança do mercado internacional, um exemplo de liderança e de visão de quem conhece o negócio, tem as relações nacionais e internacionais certas, que delas faz a gestão sensata e zela pelo ativo mais precioso da atividade bancária: a confiança”.

João Duque na cerimónia de doutoramento honoris causa de Ricardo Salgado no verão passado no ISEG-UT

 

O prejuízo de uma das principais empresas (do GES) estava sedeada no Luxemburgo, fora do espectro da supervisão do Banco de Portugal e assim protegida do olhar de todos.

A maior fragilidade de Carlos Costa foi ter acreditado que bastava mandar para que Ricardo Salgado obedecesse. É agora claro que o ex-líder do BES não o fez e enganou o governador até ao ultimo momento.

Pedro Queirós Pereira tinha descoberto em 2012 que afinal o Mediterranean, alegado fundo do Norte da Europa que detinha 16% da Cimigest (Holding que controla a Semapa de PQP) era o próprio GES. Ficou furioso. Não perdoou a traição ao banqueiro e ao GES. (E assim nasceu a denúncia que veio terminar onde hoje se sabe)

Ana Bela Campos – Revista do Expresso

1 comentário:

  1. Comentando os teus dois post(s) sobre o BES...
    A justiça Portuguesa tem destes imperfeições inexplicáveis no século XXI… só actua sobre os “fortes” e poderosos, quando estes já estão fora do poder, ou na mó-de baixo. Lembraste do que aconteceu com Vale e Azevedo? Só foi condenado e preso depois de perder a sua (re)eleição para Presidente do Benfica.
    Com Ricardo Salgado é a mesma m****, digo, coisa.
    Este Ricardo Salgado faz-me lembrar um pesticida que estudei ainda no meu curso de formação de base. Era o célebre DDT (sigla de diclorodifeniltricloroetano) e que era (ainda) apresentado como a maior maravilha do mundo no combate a vários mosquitos nomeadamente os do tifo e outros. Poucos anos depois, e porque se chegou à conclusão científica que era um produto altamente tóxico, foi proibida a sua comercialização.
    Ora, Ricardo Salgado também era (ainda há pouco tempo) apresentado como o DDT (sigla de Dono Disto Tudo) da banca portuguesa e até recebia, com pompa e circunstância, o título de Doutor honoris causa. Zangou-se com a família… saiu do Banco… e o que aconteceu? Todos sabemos…

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