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Mistura de pensamentos, reflexões, sentimentos; um risco, assumido; uma provocação, em tom de desafio, para que outros desçam ao terreiro; um desabafo, às vezes com revolta à mistura; opiniões, sempre subjectivas, mas normalmente baseadas no estudo, ou na experiência ou na reflexão. Sem temas tabu, sem agressividades inúteis, mas sem contenção, nem receios de ser mal interpretado. Espaço de partilha, que enriquece mais quem dá que quem recebe.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014


ABORTO

 

A propósito do recente sínodo dos bispos, e para quem se interessa pelo tema do aborto, recomendo a leitura da crónica de Henrique Raposo, publicada no Expresso de 11 de Outubro. Entretanto deixo aqui alguns excertos da mesma.

“O aborto é um mal, não é um direito, não é uma conquista, não é um avanço. O aborto não é uma questão simples como o casamento homossexual. Dois adultos vacinados podem casar no civil. Ponto final”.

“Lamento, mas uma mulher que aborta dezenas de vezes num curto espaço de tempo é uma criminosa. O protocolo de acesso ao aborto tem de ser alterado. Repare-se que não estou a dizer que o aborto tem de ser proibido. Neste mundo tenho de chegar a um compromisso com quem pensa de forma diferente da minha”

“Anabela tinha 15 anos quando engravidou. Ela recusou a via fácil do aborto, mas depois foi encarada como uma quenga pelas paroquianas, as senhoras que distribuíam os panfletos do “não ao aborto”. É este o problema de boa parte dos apoiantes do não, acham que o catecismo é mais importante do que a caridade, o perdão e a vida. A igreja que luta contra o aborto não pode olhar de lado para as mães adolescentes, mães solteiras e mães em união de facto”.

“O caminho aberto pelo papa Francisco é a forma de o “não” rever a sua arrogância moral. O papel do cristão não é julgar a partir de cima. É muito fácil ser do “não” quando se está numa família confortável, onde há dinheiro, onde mais um filho não faz diferença”. 

 

1 comentário:

  1. Este tema é pertinente, problemático e muito controverso.
    Está ligado à culta e à história de cada povo que vai evoluindo (ou não) ao longo dos tempos. Por isso mesmo a legislação é diferente de país para país e em cada um deles (pelo menos naqueles em que há democracia e liberdade de expressão) se vai discutindo e debatendo permanentemente em função dos valores morais e religiosos de cada um.
    Pessoalmente tenho algumas dúvidas em relação a alguns aspectos mais específicos e técnicos da nossa lei do aberto. Por isso digo que este é um bom tema e a sua discussão aprofundada daria "pano para mangas". Um abraço amigo

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