ABORTO
A
propósito do recente sínodo dos bispos, e para quem se interessa pelo tema do
aborto, recomendo a leitura da crónica de Henrique Raposo, publicada no
Expresso de 11 de Outubro. Entretanto deixo aqui alguns excertos da mesma.
“O aborto é um mal, não é um
direito, não é uma conquista, não é um avanço. O aborto não é uma questão
simples como o casamento homossexual. Dois adultos vacinados podem casar no
civil. Ponto final”.
“Lamento, mas uma mulher que
aborta dezenas de vezes num curto espaço de tempo é uma criminosa. O protocolo
de acesso ao aborto tem de ser alterado. Repare-se que não estou a dizer que o
aborto tem de ser proibido. Neste mundo tenho de chegar a um compromisso com
quem pensa de forma diferente da minha”
“Anabela tinha 15 anos quando
engravidou. Ela recusou a via fácil do aborto, mas depois foi encarada como uma
quenga pelas paroquianas, as senhoras que distribuíam os panfletos do “não ao
aborto”. É este o problema de boa parte dos apoiantes do não, acham que o
catecismo é mais importante do que a caridade, o perdão e a vida. A igreja que
luta contra o aborto não pode olhar de lado para as mães adolescentes, mães
solteiras e mães em união de facto”.
“O caminho aberto pelo papa
Francisco é a forma de o “não” rever a sua arrogância moral. O papel do cristão
não é julgar a partir de cima. É muito fácil ser do “não” quando se está numa
família confortável, onde há dinheiro, onde mais um filho não faz diferença”.
Este tema é pertinente, problemático e muito controverso.
ResponderEliminarEstá ligado à culta e à história de cada povo que vai evoluindo (ou não) ao longo dos tempos. Por isso mesmo a legislação é diferente de país para país e em cada um deles (pelo menos naqueles em que há democracia e liberdade de expressão) se vai discutindo e debatendo permanentemente em função dos valores morais e religiosos de cada um.
Pessoalmente tenho algumas dúvidas em relação a alguns aspectos mais específicos e técnicos da nossa lei do aberto. Por isso digo que este é um bom tema e a sua discussão aprofundada daria "pano para mangas". Um abraço amigo