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Mistura de pensamentos, reflexões, sentimentos; um risco, assumido; uma provocação, em tom de desafio, para que outros desçam ao terreiro; um desabafo, às vezes com revolta à mistura; opiniões, sempre subjectivas, mas normalmente baseadas no estudo, ou na experiência ou na reflexão. Sem temas tabu, sem agressividades inúteis, mas sem contenção, nem receios de ser mal interpretado. Espaço de partilha, que enriquece mais quem dá que quem recebe.

domingo, 27 de abril de 2014


1974-2014 – UM POUCO DO QUE MUDOU EM 40 ANOS

 

“O MANTO DIÁFANO DA FANTASIA SOBRE A NUDEZ CRUA DA VERDADE”

 

É preciso deixar assentar a poeira depois da “ditadura dos discursos”. Não nos deixemos inebriar, mas passemos a palavra à “eloquência” das estatísticas.

 

- Esperança de vida à nascença

                      – homens – passou de 64 a 77 anos

                      - mulheres – passou de 71 a 83 anos

- % de pensionistas (na população com mais de 15 anos)

                      – passou de 10% a 49%

- Taxa de mortalidade infantil 

                       - desceu de 45 (por mil nados vivos) a pouco mais de 3

- PIB per capita a preços constantes (com base em 2006)

                       - passou de 7.220 a 14.748 euros

- Taxa de analfabetismo (maiores de 10 anos que não sabem ler nem escrever)

                       - desceu de 26% para 5%

- Alunos inscritos no ensino superior

                        - passou de 59 mil a 390 mil

- Doutoramentos

                         - passou de 60 a 2.209

 - Alojamentos com água canalizada

                        - passou de 47% a 99%

 

Calemos por momentos os comentários, dando espaço para os números erguerem a sua voz.

2 comentários:

  1. Contra factos não há argumentos. E estes números que aqui deixas falam por si e são irrefutáveis. No entanto não esclarecem todas as dúvidas que eventualmente nos possam surgir.
    Para não me “esticar” muito, deixo aqui (retoricamente) apenas duas dessas dúvidas:
    - estes números, sendo positivos como são, não se teriam também alterado positivamente com o regime de então, ao longo destes 40 anos?
    - se os políticos que nos governaram desde 1974 tivessem adoptado medidas mais justas e competentes não estaríamos com números ainda mais positivos?
    Um abraço

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  2. Colocas exatamente as questões que também eu acho que, de forma intelectualmente honesta, devem ser colocadas. Mas a resposta que dermos a esse dilema entronca nos "ses" que já aqui abordei, e corresponde ao domínio da subjetividade total e da pura especulação, dado o tempo que entretanto decorreu e as mudanças ocorridas no mundo. Mas se estes números não dão uma resposta cabal ao rumo que teríamos seguido, dão, quanto a mim, uma resposta definitiva à questão que alguns ainda colocam, de vez em quando, quanto ao ponto em que estávamos há quarenta anos. Quanto a isso há que pôr no assunto um ponto final definitivo, passe o pleonasmo.

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