1974-2014 – UM POUCO DO QUE MUDOU EM
40 ANOS
“O MANTO DIÁFANO DA FANTASIA SOBRE A NUDEZ CRUA DA VERDADE”
É preciso deixar assentar a poeira depois da “ditadura dos discursos”. Não nos deixemos
inebriar, mas passemos a palavra à “eloquência”
das estatísticas.
- Esperança de vida à nascença
– homens – passou de 64 a 77 anos
-
mulheres – passou de 71 a 83 anos
- % de pensionistas (na população com
mais de 15 anos)
– passou de 10% a 49%
- Taxa de mortalidade infantil
- desceu de 45 (por mil nados vivos) a pouco mais de 3
- PIB per capita a preços constantes (com
base em 2006)
- passou de 7.220 a 14.748 euros
- Taxa de analfabetismo (maiores de
10 anos que não sabem ler nem escrever)
- desceu de 26% para 5%
- Alunos inscritos no ensino superior
- passou de 59 mil a
390 mil
- Doutoramentos
- passou de 60 a 2.209
- Alojamentos com água canalizada
- passou de 47% a 99%
Calemos por momentos os
comentários, dando espaço para os números erguerem a sua voz.
Contra factos não há argumentos. E estes números que aqui deixas falam por si e são irrefutáveis. No entanto não esclarecem todas as dúvidas que eventualmente nos possam surgir.
ResponderEliminarPara não me “esticar” muito, deixo aqui (retoricamente) apenas duas dessas dúvidas:
- estes números, sendo positivos como são, não se teriam também alterado positivamente com o regime de então, ao longo destes 40 anos?
- se os políticos que nos governaram desde 1974 tivessem adoptado medidas mais justas e competentes não estaríamos com números ainda mais positivos?
Um abraço
Colocas exatamente as questões que também eu acho que, de forma intelectualmente honesta, devem ser colocadas. Mas a resposta que dermos a esse dilema entronca nos "ses" que já aqui abordei, e corresponde ao domínio da subjetividade total e da pura especulação, dado o tempo que entretanto decorreu e as mudanças ocorridas no mundo. Mas se estes números não dão uma resposta cabal ao rumo que teríamos seguido, dão, quanto a mim, uma resposta definitiva à questão que alguns ainda colocam, de vez em quando, quanto ao ponto em que estávamos há quarenta anos. Quanto a isso há que pôr no assunto um ponto final definitivo, passe o pleonasmo.
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