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Mistura de pensamentos, reflexões, sentimentos; um risco, assumido; uma provocação, em tom de desafio, para que outros desçam ao terreiro; um desabafo, às vezes com revolta à mistura; opiniões, sempre subjectivas, mas normalmente baseadas no estudo, ou na experiência ou na reflexão. Sem temas tabu, sem agressividades inúteis, mas sem contenção, nem receios de ser mal interpretado. Espaço de partilha, que enriquece mais quem dá que quem recebe.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Vou continuar com as reflexões do eng.º João Pais, agora acerca da reforma, das leis laborais e modelo social


Reflexões acerca das leis laborais e do modelo social
1.a constatação - O muro de Berlim caiu em 1989, mas só a Alemanha, Inglaterra, Irlanda, países de Leste e Nórdicos reagiram em consonância, mudando radicalmente as politicas económicas e sociais, como a legislação laboral (alta flexibilidade para acompanhar a procura sem encargos adicionais, capitalização total ou parcial das reformas e fundo de desemprego, etc.), internacionalização das empresas privadas para os mercados emergentes (fora da UE) com fundos financeiros do Estado a taxas de juro de 2% e abaixo. Foi aí que a Alemanha e países nórdicos investiram o seu dinheiro. O estado social e segurança no trabalho, em termos de legislação, nem metade é hoje nestes países do que era em 1990. 
Em Portugal, da direita à esquerda, continuamos no pré Muro de Berlim.

2.a constatação - a população passiva (que recebe da transferência dos ativos) representa cerca de 80% da população portuguesa, entre os que trabalham para o estado, aposentados, doentes e deficientes, jovens, desempregados, etc.

Este valor é abismal e insuportável no sistema atual de transferência de renda (recebe/paga, sem reserva de stock); os países nórdicos, Alemanha, Inglaterra, etc., deverá ter valores inferiores (suponho eu) e mesmo assim com reserva de stock parcial ou total (capitalização das reformas ou fundo de desemprego).
É um engano pensar por exemplo que a idade da reforma é a mesma em Portugal que nesses países; aí eu vejo pessoas entre 60 e 70 anos a trabalhar em todos os lugares (muitos por conta própria), aqui vêm-se sobretudo em inatividade; apesar da idade da reforma ser de 65 anos, a média da idade de aposentação dos ex-funcionários públicos é de 60 anos,  e de 62 no privado, equivalente a 16/18 anos a receber reforma em média.
A lei até pode ser a mesma, mas a aplicação é completamente diferenciada.


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