SALVÉ
17 de Abril de 1954
Pudesse
eu parar o tempo por instantes
Ainda
que, num fogacho breve, desaparecesse,
Reteria
o fulgor dos teus olhos cintilantes
Antes
mesmo que a magia se desvanecesse.
Beberia,
sôfrego, a presença desejada
Em
que, ao teu lado, adormeço, ausente,
Na
minha a tua mão, firmemente entrelaçada,
Sem
pensar no passado, nem futuro. Só o presente.
Moldava
a realidade num golpe de magia
A
minha cabeça esconderia em teu regaço,
Reconfortante
e aconchegado. E adormeceria.
Intensa
e avidamente procuraria o teu abraço,
Antes
que a madrugada abraçasse o novo dia.
Linda e poética homenagem prestada à Maria pelo seu inspirado e apaixonado "Camões" que deixou a crónica para se dedicar à poesia. :-)
ResponderEliminarParabéns aos dois. Ao poeta Alexandre e, claro, à sua musa inspiradora que se chama Maria. Um abraço deste vosso amigo