Texto

Mistura de pensamentos, reflexões, sentimentos; um risco, assumido; uma provocação, em tom de desafio, para que outros desçam ao terreiro; um desabafo, às vezes com revolta à mistura; opiniões, sempre subjectivas, mas normalmente baseadas no estudo, ou na experiência ou na reflexão. Sem temas tabu, sem agressividades inúteis, mas sem contenção, nem receios de ser mal interpretado. Espaço de partilha, que enriquece mais quem dá que quem recebe.

quinta-feira, 17 de abril de 2014


      SALVÉ  17 de Abril de 1954

      Pudesse eu parar o tempo por instantes

      Ainda que, num fogacho breve, desaparecesse,

      Reteria o fulgor dos teus olhos cintilantes

      Antes mesmo que a magia se desvanecesse.

      Beberia, sôfrego, a presença desejada

      Em que, ao teu lado, adormeço, ausente,

      Na minha a tua mão, firmemente entrelaçada,

      Sem pensar no passado, nem futuro. Só o presente.

 

      Moldava a realidade num golpe de magia

      A minha cabeça esconderia em teu regaço,

      Reconfortante e aconchegado. E adormeceria.

      Intensa e avidamente procuraria o teu abraço,

      Antes que a madrugada abraçasse o novo dia.

 

1 comentário:

  1. Linda e poética homenagem prestada à Maria pelo seu inspirado e apaixonado "Camões" que deixou a crónica para se dedicar à poesia. :-)
    Parabéns aos dois. Ao poeta Alexandre e, claro, à sua musa inspiradora que se chama Maria. Um abraço deste vosso amigo

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