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Mistura de pensamentos, reflexões, sentimentos; um risco, assumido; uma provocação, em tom de desafio, para que outros desçam ao terreiro; um desabafo, às vezes com revolta à mistura; opiniões, sempre subjectivas, mas normalmente baseadas no estudo, ou na experiência ou na reflexão. Sem temas tabu, sem agressividades inúteis, mas sem contenção, nem receios de ser mal interpretado. Espaço de partilha, que enriquece mais quem dá que quem recebe.

quarta-feira, 9 de abril de 2014


CHARADA I

Há dias publiquei uma charada onde, em síntese, perguntava qual a lógica de “os mercados” nos terem penalizado quando chumbamos o PEC IV e quando Vitor Gaspar e Portas se demitiram e ignorou-nos olimpicamente quando surgiu o Manifesto dos 70.

Aqui vão algumas respostas:

“Os mercados são gananciosos mas não são estúpidos. Sabem que a queda de um governo desestabiliza um país e agrava o risco. Já uma manifestação de democracia pura só demonstra vitalidade e vontade de resolver os problemas”.

“Dentro da sua aparente e apregoada lógica os mercados são o que há de mais ilógico: aceitam como boas notificações de empresas de rating que atribuem triplo A a empresas que semanas depois estavam na falência; praticam (agora) taxas de juros a Portugal (que continua a ser classificado como lixo) abaixo de taxas aplicadas à Austrália, que detém triplo A”

“A Alemanha já retirou da Grécia e de Portugal os seus ativos tóxicos. O que se passar daqui para a frente já é pouco relevante”.

“Derrota por 0-3 de Passos Coelho: em nenhum dos casos soube prever ou acautelar as reações do mercado. Se nada mais houvesse, com este feelling não vamos longe”

“A sua (de Ulrich) capacidade de previsão juntamente com a decisão que agora tomou (venda de dívida portuguesa e grega com assunção imediata de perdas) permitem deduzir que, sem ter assinado o Manifesto dos 70, também ele admite que algo terá de ser feito a médio/longo prazo para que o país possa honrar os seus compromissos junto dos credores” - Artigo de “A Visão” de 27 de Março 2014.

“O Manifesto mostrou que sobre o essencial é possível o compromisso necessário entre destacados cidadãos de múltiplas procedências, entre as principais forças sociais e políticas do país” - Crónica de José Carlos Vasconcelos na Visão de 27 de Março de 2014.

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