CHARADA I
Há dias publiquei uma
charada onde, em síntese, perguntava qual a lógica de “os mercados” nos terem penalizado
quando chumbamos o PEC IV e quando Vitor Gaspar e Portas se demitiram e
ignorou-nos olimpicamente quando surgiu o Manifesto dos 70.
Aqui vão algumas respostas:
“Os mercados são
gananciosos mas não são estúpidos. Sabem que a queda de um governo
desestabiliza um país e agrava o risco. Já uma manifestação de democracia pura
só demonstra vitalidade e vontade de resolver os problemas”.
“Dentro da sua
aparente e apregoada lógica os mercados são o que há de mais ilógico: aceitam
como boas notificações de empresas de rating que atribuem triplo A a empresas
que semanas depois estavam na falência; praticam (agora) taxas de juros a Portugal
(que continua a ser classificado como lixo) abaixo de taxas aplicadas à
Austrália, que detém triplo A”
“A Alemanha já retirou
da Grécia e de Portugal os seus ativos tóxicos. O que se passar daqui para a
frente já é pouco relevante”.
“Derrota por 0-3 de
Passos Coelho: em nenhum dos casos soube prever ou acautelar as reações do
mercado. Se nada mais houvesse, com este feelling não vamos longe”
“A sua (de Ulrich) capacidade de previsão juntamente com a decisão que
agora tomou (venda de dívida portuguesa e grega com assunção imediata de perdas)
permitem deduzir que, sem ter assinado o Manifesto dos 70, também ele admite
que algo terá de ser feito a médio/longo prazo para que o país possa honrar os
seus compromissos junto dos credores” - Artigo de “A Visão” de 27 de Março 2014.
“O Manifesto mostrou que sobre o essencial é possível o compromisso
necessário entre destacados cidadãos de múltiplas procedências, entre as
principais forças sociais e políticas do país” - Crónica de José Carlos
Vasconcelos na Visão de 27 de Março de 2014.
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