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Mistura de pensamentos, reflexões, sentimentos; um risco, assumido; uma provocação, em tom de desafio, para que outros desçam ao terreiro; um desabafo, às vezes com revolta à mistura; opiniões, sempre subjectivas, mas normalmente baseadas no estudo, ou na experiência ou na reflexão. Sem temas tabu, sem agressividades inúteis, mas sem contenção, nem receios de ser mal interpretado. Espaço de partilha, que enriquece mais quem dá que quem recebe.

quinta-feira, 5 de junho de 2014


O futuro das nossas pensões

Nos próximos dias vou abordar um tema que me é caro (espero que também o seja para os leitores) e que respeita ao futuro das nossas pensões. Trata-se de matéria a que venho dedicando particular atenção desde 2006, com alguns trabalhos já publicados no livro “Economia em Contramão” e com a apresentação do tema em ações de divulgação de assuntos de índole económica.

Vou dividir a análise nos seguintes subtemas:

 - o impacto da taxa de desemprego e dos subsídios de doença

 – o impacto da demografia e do aumento da esperança de vida

 – a importância das migrações

 - o sistema de capitalização e o fim das reformas sem contribuição

 - a importância do número de anos de desconto

 - a importância das taxas de contribuição (trabalhadores e empresas)

 - a dimensão das pensões no futuro

Pouco irei dizer de novo, mas as análises que farei são devidamente quantificadas (embora simplificadas nos seus pressupostos) permitindo desmistificar alguns tabus e dar aos leitores uma ideia muito clara da verdadeira dimensão do problema. O tema é de facto muito complexo e o seu alcance facilmente escapa aos leigos, que não dispõem de instrumentos que lhes permitam percecionar com clareza a dimensão do problema.

Em jeito de conclusão direi desde já que há certamente fortíssimas razões para estarmos todos seriamente preocupados. Mas não há razões para o pessimismo extremo daqueles que pensam que no futuro as pensões serão obrigatoriamente de valores irrisórios. Podem não ser. Tudo depende de algumas opções que viermos a fazer num futuro próximo. Iremos é muito tarde atalhar o problema, apesar de termos feito já algumas reformas significativas e de grande mas insuficiente impacto.

(Continua)

1 comentário:

  1. Espero que o leve optimismo e a réstia de esperança que revelas e deixas no último parágrafo se concretize. Mas... espero para ler o resto.
    Um abraço

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