O
futuro das nossas pensões
Nos próximos dias vou abordar um tema que me é caro
(espero que também o seja para os leitores) e que respeita ao futuro das nossas
pensões. Trata-se de matéria a que venho dedicando particular atenção desde 2006,
com alguns trabalhos já publicados no livro “Economia em Contramão” e com a apresentação
do tema em ações de divulgação de assuntos de índole económica.
Vou dividir a análise nos seguintes subtemas:
- o impacto da taxa de desemprego e dos
subsídios de doença
– o impacto da demografia e do aumento da
esperança de vida
– a importância das migrações
- o sistema de capitalização e o fim das
reformas sem contribuição
- a importância do número de anos de desconto
- a importância das taxas de contribuição
(trabalhadores e empresas)
- a dimensão das pensões no futuro
Pouco irei dizer de novo, mas as análises que farei são devidamente quantificadas
(embora simplificadas nos seus pressupostos) permitindo desmistificar alguns tabus
e dar aos leitores uma ideia muito clara da verdadeira dimensão do problema. O
tema é de facto muito complexo e o seu alcance facilmente escapa aos leigos,
que não dispõem de instrumentos que lhes permitam percecionar com clareza a
dimensão do problema.
Em jeito de conclusão direi desde já que há certamente fortíssimas razões
para estarmos todos seriamente preocupados. Mas não há razões para o pessimismo
extremo daqueles que pensam que no futuro as pensões serão obrigatoriamente de
valores irrisórios. Podem não ser. Tudo depende de algumas opções que viermos a
fazer num futuro próximo. Iremos é muito tarde atalhar o problema, apesar de
termos feito já algumas reformas significativas e de grande mas insuficiente
impacto.
(Continua)
Espero que o leve optimismo e a réstia de esperança que revelas e deixas no último parágrafo se concretize. Mas... espero para ler o resto.
ResponderEliminarUm abraço