Texto

Mistura de pensamentos, reflexões, sentimentos; um risco, assumido; uma provocação, em tom de desafio, para que outros desçam ao terreiro; um desabafo, às vezes com revolta à mistura; opiniões, sempre subjectivas, mas normalmente baseadas no estudo, ou na experiência ou na reflexão. Sem temas tabu, sem agressividades inúteis, mas sem contenção, nem receios de ser mal interpretado. Espaço de partilha, que enriquece mais quem dá que quem recebe.

segunda-feira, 30 de junho de 2014


O Grupo 5.com(e) em Guimarães (I)
Crónica de
Alexandre Ribeiro
Passeio Turístico-Gastronómico - 18 de Junho de 2014
O Grupo 5.com(e) escolheu esta data para se deslocar a Guimarães, berço da nossa nacionalidade, após renhida disputa com outras graciosas terras portuguesas. Em boa hora escolhemos Guimarães.
O dia estava maravilhoso, a antever um verão quente, que aguarda confirmação. Não houve concentração, como de costume, mas antes uma recolha ao domicílio, que o Bernardino, o motorista de serviço neste dia, iniciou com todo o garbo, fardado a preceito com o seu característico boné. O primeiro a ser apanhado (literalmente) foi o Alexandre, que ao descer à rua deu de caras com o Bernardino com o “kodac” na mão, iniciando aí a sua habitual reportagem fotográfica. Dali seguimos para casa do Rogério,
que já nos esperava à porta. Seguimos a apanhar o Jorge, até que finalmente fizemos a última paragem em Gaia. O Mota já estava à porta, impaciente como de costume, brindando o resto do grupo com um “já estais atrasados”, esquecendo que o horário de partida foi escrupulosamente cumprido, como sempre, mas o serviço de “recolha de clientes ao domicílio” demora necessariamente o seu tempo.
(Dê um clique nas fotos para as visualizar melhor)
Bernardino - um verdadeiro cavalheiro
Logo no primeiro semáforo, ainda em plena cidade de Gaia, ao entrar na Rua Sá da Bandeira, surge um semáforo com o sinal verde. Mas o Bernardino, verdadeiro cavalheiro, vendo no passeio três senhoras com vontade de atravessar rapidamente a rua, instintivamente cedeu-lhes a prioridade. Para calar as más-línguas, que nestes casos e com este cavalheiro costumam ser viperinas, deve esclarecer-se que se tratava de senhoras sem especiais predicados, incapazes de fazer soltar um assobio a um trolha em cima de uma prancha.  

Paragem na área de serviço de S. Tirso
A primeira paragem foi na área de serviço de Santo Tirso para tomar café. Secretamente, esperávamos voltar a encontrar as “clientes especiais” com quem nos deparamos na última passagem por esta área de serviço, transformada em local de engate ou, pelo menos, ponto de encontro para viagens à margem da auto-estrada. Nem sombras. Será que até este negócio entrou em declínio?

Guimarães
Guimarães, o berço da nossa nacionalidade, é uma belíssima cidade, cada vez mais procurada por estrangeiro ávidos de história, belas paisagens, boa gastronomia, preços convidativos e espaços citadinos com vida. Guimarães tem tudo isso para oferecer. É certo que o dia estava convidativo, a cheirar a verão, mas com uma temperatura agradabilíssima nos locais com sombras, em que a cidade é pródiga.
Guimarães tem um rosto, que é o seu vetusto castelo; tem um pulmão comercial que é o Largo doToural; tem um cofre onde guarda os seus tesouros, que é o palácio dos Duques de Bragança, a par de algumas caixinhas cheias de preciosidades como o museu Alberto Sampaio ou a igreja de S. Gualter. E tem na Penha uma ímpar sala de visitas. Mas o verdadeiro coração da cidade, onde pulsa a sua alma com um vigor que poucos igualam (para quem pensa que fora de Lisboa só existe paisagem) é o largo da Senhora da Oliveira.
Às onze horas e trinta minutos de uma quarta-feira encontramos o largo a fervilhar de vida, com as esplanadas cheias de gente, com ar calmo, de quem desfruta o que de bom a vida tem para oferecer.
(Continua)



Sem comentários:

Enviar um comentário