Flashes
“Disse o ministro da Economia
(Pires de Lima) que neste momento o desafio que Portugal enfrenta em matéria de
coesão social só se resolve através a criação de emprego. O aumento da
produtividade passa pela aposta em mais tecnologia nos processos e serviços,
por mais fatores intangíveis (design, moda, inovação) e por mais qualificação
das pessoas. O que Pires de Lima não disse é que não se aumenta a produtividade
com a redução do número de feriados, o aumento das horas de trabalho ou
salários cada vez mais baixos” Nicolau Santos – Expresso de 31 de Maio de 2014.
“Banca consome 18 mil milhões em 5 anos – grande parte deste capital foi
absorvido pela brutais imparidades da banca (prejuízos de anos anteriores ainda
não contabilizados), fruto não só da atribuição de créditos de má qualidade,
como também do financiamento de projetos que não correram bem” - Expresso de 31
de Maio de 2014.
“A reforma mais importante do
Presidente Fernando Henriques Cardoso foi o instante em que o Brasil se tornou
previsível. Nesse instante tudo mudou no Brasil, a confiança instalou-se dentro
do país e na perceção internacional, em especial nos investidores. As nações
mais ricas, mesmo pequenos países, são sempre as que têm maior grau de
previsibilidade” – António Pinto Leite – Expresso de 31 de Maio de 2014.
“Vejo países ricos a financiarem os periféricos a taxas de juro de 6% ou
mais e a enriquecerem com os juros. Isso não é solidariedade. É importante que
existam 150 ou 200 pessoas a convencer o governo a negociar a dívida. Fizemos
isso aos alemães. Dar 60 anos, baixar os juros para 2% ou 1% para termos ar
para respirar” – Murteira Nabo – Expresso de 31 de Maio de 2014.
“Em Lisboa Mário Draghi lembrou que enquanto na Alemanha apenas 1% das
PME’s têm dificuldade de acesso ao crédito bancário, em Portugal são 33%. Podia
também ter acrescentado que na Alemanha a taxa de juro é de 1,2% e em Portugal
de 7,8%. E podia ter concluído que, nestas condições de concorrência desleal, Portugal
nunca poderá crescer acima da média europeia nos próximos 20 anos para
conseguir pagar o seu serviço de dívida pública” – Miguel Sousa Tavares –
Expresso de 31 de Maio de 2014.
“O processo de integração burocrático falhou. O futuro da integração
europeia só pode ser político, isto é, um processo que permita aos cidadãos
exprimir os seus desacordos e punir as elites europeias que foram vistas como
tendo tomado más decisões” - Paul de
Grauwe (professor da Universidade de Lovaina) – Expresso de 31 de Maio de 2014.
Nem mais, Alexandre! São flashes destes que trazem à “luz do dia” algumas verdades e alguns dos “negócios” escuros que deixaram (e deixam) este País cada vez mais cinzento...
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